quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Gotas de palavras

"Com o tempo a gente aprende que há esperança, mesmo ínfima...hum!!! não que ela seja pequena, mas que nós pouco a procuramos ou vamos muito longe de onde ela está..."

"Com o tempo a gente aprende que pode ser uma honra ou insulto imitar os outros..."

"Com o tempo a gente vê, mas nem sempre quer entender..."

"Com o tempo a gente sente que não há o pior cego, mas que a cegueira é bem maior do que imaginou minha vã observação..."

"Com o tempo a gente se angustia em ver que alguns sonhos se perdem por falta de boa vontade com as pequenas coisas..."

"Com o tempo a gente nota que nos "ensinaram" a questionar e depois...."

"Com o tempo a gente aprende que a Educação tem apenas dois clientes: o indivíduo e a coletividade..."

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Intuição (do Ego) - Proclamação poética da independência


Isso é mais que música.
"Canto o que não silencia/É onde principia a intuição". Com esses versos Oswaldo Montenegro faz saber que a intuição é uma voz constante, não se cala, não se omite. Na letra, a intuição tem início na continuidade do canto, aquele que não se anula. "Sem o verso estilizado", ou seja, sem formalidade. Aqui critica-se a consciência externa, preocupada com as aparências, enquanto a interna vincula-se ao essencial, a alma, o bem-estar. Nesta consciência interna está a intuição.
Penso que a intuição é uma defesa não motora (embora não exclua reações físicas), e que está em nós para nossa proteção. Entretanto, a intuição por si só não pode nos guardar de situações ruins. Quando nos encontramos com alguém pela primeira vez ou numa outra situação atípica notamos que em nós soa um alerta. Mas cabe a cada um de nós decidir o que fazer a partir desse alarme. A canção diz: "E hoje quem não cantaria/Grita a poesia/E bate o pé no chão!", ou melhor, ter intuição (essa música não cantada, mas existente) é indispensável, no entanto o contato com as situações da vida ainda é necessário, por isso "bate o pé no chão da vida".
Alter Ego/Erlan Santos

Cidade dos Anjos (Filme) e Anjo (Música - Banda Eva)


Existem várias maneiras de se expressar um pensamento. As artes fazem isso constantemente: alertam, debocham, convencem, emocionam, educam...O cinema é a sétima arte, no fime "Cidade dos Anjos" com Nicolas Cage, a personagem central - o anjo - Nicolas Cage - experiencia algo que une mito, religião, intuição e arte. O anjo se apaixona por uma médica - Meg Ryan. Isso desencadeia uma problemática: "Viver essa paixão ou desistir dela."
A Banda Eva, na música "Anjo", declara em versos o que O anjo poderia ter dito àquela que amou ...
Erlan Santos - Alter ego

Anjo

Banda Eva

Composição: Leonardo Reis e Saulo Fernandes
Acredita em anjo
Pois é, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém.

Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando tiver cansada
Cantar pra você dormir.

Te colocar sobre as minhas asas
Te apresentar as estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja.

Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Farei tudo, tudo, tudo que deseja.

Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.
http://letras.terra.com.br/banda-eva/197886/

Metade (do Alterego)


Essa música é a metade do todo que sinto, a outra parte é o próprio todo.
Erlan Santos - Alter ego
Através de um poema do professor de filosofia Alex Leite tive contato com um novo vocábulo, incompletude. Gerado linguísticamte com o prefixo "in", indicativo de negação como na palavra indisposto, ou seja, não está disposto, não está disponível. Esse status de não sermos completos segue implacavelmente nossa natureza humana.
Imagino que nossos sonhos estão paltados na necessidade que temos em nos completar. Assim, realizar um desejo equivale a encontar o resto de nós. Isso não apenas numa visão de romance romântico, mas em tudo.
Oswaldo Montenegro expressa muito bem quando diz: "Que a força do medo que tenho/Não me impeça de ver a verdade". A verdade (com artigo definido) é o todo, a plenitude e, nessa exposição cantada, não pode ser menos desejada, embora tenhamos medo. O medo, assim como a intuição, é um alerta, mas não pode nos frear diante da vida.

Gotas de palavras

"Com o tempo a gente aprende que os pés descalços nos dão mais proteção..."
"Com o tempo a gente aprende que não são apenas as juras e promessas de amor o ingrediente suficiente pra se viver bem, é necessário morrer de amor e ressurgir a cada dia..."
"Com o tempo a gente aprende que nosso status pode atrair, mas não é ele que cativa alguém..."
"Com o tempo a gente aprende que quanto mais objetivo eu for isso não quer dizer que todos vão me entender como eu quero..."