terça-feira, 7 de setembro de 2010

Intuição (do Ego) - Proclamação poética da independência


Isso é mais que música.
"Canto o que não silencia/É onde principia a intuição". Com esses versos Oswaldo Montenegro faz saber que a intuição é uma voz constante, não se cala, não se omite. Na letra, a intuição tem início na continuidade do canto, aquele que não se anula. "Sem o verso estilizado", ou seja, sem formalidade. Aqui critica-se a consciência externa, preocupada com as aparências, enquanto a interna vincula-se ao essencial, a alma, o bem-estar. Nesta consciência interna está a intuição.
Penso que a intuição é uma defesa não motora (embora não exclua reações físicas), e que está em nós para nossa proteção. Entretanto, a intuição por si só não pode nos guardar de situações ruins. Quando nos encontramos com alguém pela primeira vez ou numa outra situação atípica notamos que em nós soa um alerta. Mas cabe a cada um de nós decidir o que fazer a partir desse alarme. A canção diz: "E hoje quem não cantaria/Grita a poesia/E bate o pé no chão!", ou melhor, ter intuição (essa música não cantada, mas existente) é indispensável, no entanto o contato com as situações da vida ainda é necessário, por isso "bate o pé no chão da vida".
Alter Ego/Erlan Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário