Por Roberlan Pereira dos Santos
Nesse instante, milhares de pessoas
estão buscando algum sentido para suas existências. Uns, lamentavelmente, nas
drogas desejam dias melhores; uma outra porção espera ser feliz quando
encontrar um par, a cara metade ou alma gêmea.
Segundo Gandhi a felicidade não é o
fim e sim o próprio caminho. Nessa proposição espera-se que sejamos sempre
felizes, acompanhados ou sós. Entretanto, devemos lamentar não sermos tão
próximos desse conceito de vida – que tanto bem nos traria.
Quando o coração busca algo é mais
fácil, mas quando busca alguém. Aí, é diferente.
Sequestremos, então, outro dito
milenar: “A amizade é uma alma com dois corpos" (Aristóteles). Essa
expressão aristotélica se junta ao conto “Encontros” de Lya Luft, no qual a
protagonista sente em si mesma (no corpo) as necessidades de mudanças que
seriam percebidas e aceitas apenas pelo seu amante.
Aqui a ideia do amor auto-suficiente
parece utópica. Nesta construção preferimos o amor comunhão, comum de dois
gêneros. Sem, entretanto, negar os sonhos de auto-suficiência. Honrável esse
amor, contudo subtraído nesse contexto.
Em corintios 13 (Hino ao Amor) está
escrito: “mas o maior destes (da fé e da esperança) é o amor.” Pronto! De todas as
grandes virtudes que existem o amor é a maior delas. Mas como vivê-lo?
Alguns
buscam compreender o amor através de fichas, de instruções, deste texto, de
livros (Por que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor?) e por
meio de pseudo-mandamentos. Mas esquecem-se de que antes de nós o amor já existia.
Assim, sua definição é mais complexa, mas sua realização ainda é possível, pois
o amor de muitos esfriará". (Mateus 24:12), não o de todos.
Sendo o
ser humano um ente social e sociável, a construção do amor ou o encontro de
outras asas somente pode ser realizado entre dois corpos. Corpos que “acordem”
juntos, briguem, cismem e mesmo assim confirmem a felicidade de cada uma das
partes das asas – que ao final serão a mesma asa.
No filme Hitch - Conselheiro Amoroso, encenado por
Will Smith, o amor (ou a busca e conquista do amor) é tratado com humor e
disciplina. Hitch literalmente ensina aos que o contrata a forma de se
conquistar uma mulher. Antes de tudo, amar a si mesmo, observar e avançar – sem
chances de fuga. No final...assista...você verá uma grande anti-receita para se
dar bem.
Já no filme “Do Que as Mulheres Gostam” com Mel Gibson o roteiro
aproxima-se do surrealismo fílmico. Após sofrer um grave acidente, um
executivo machista (Nick Marshall - Mel Gibson) passa a ter o dom de ler os
pensamentos das mulheres (Imagine!). Entretanto essa mesma obra discutiu
sucintamente as consequências da vida infantil na vida adulta, pois Nick quando
criança viveu cercado de mulheres, donde vem a frase “Quem quiser entender o
Nick deverá entender antes sua mãe.” Isso merece um pouco de Freud.
Então
ainda somos assim: seres da “incompletude”. Como diz: “quando vier o que é
perfeito (o par perfeito), então o que o é em parte será aniquilado...” (1 Coríntios 13.10)
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